ALERTA: CUIDADO COM A CINOMOSE!
Nesta semana entrevistamos a Dra. Handreya Portela, Médica Veterinária há 5 anos e proprietária da Duhan Tamy’s desde sua fundação há 20 anos. Vamos abordar uma doença que preocupa, a Cinomose.
Dra. Handreya, o que é a Cinomose? - A cinomose é uma doença viral, causada pelo vírus da cinomose, afetando vários sistemas nos cães, sendo eles os sistemas respiratório, imunológico, gastrointestinal, pele e neurológico.
Como é transmitida? - Via contato direto ou pelo ar.
Quais são os sintomas da doença e a gravidade? - Os sinais clínicos dependem muito da cepa viral, pois existem algumas mais agressivas e outras menos, dependem também da imunidade e idade do animal, se o mesmo já tem alguma vacina, e também o tratamento recebido pelos seus tutores, ou seja, água, alimentação e abrigo. Os sintomas podem começar com diarréia ou serem já de inicio neurológicos, respiratórios ou gastrointestinais. Importante frisar que o filhote pode ter a cinomose, não tendo sinais neurológicos e mais tarde quando adulto manifestar os sinais como ataques epiléticos ou ter outras lesões neurológicas. Ou seja, ele pode ser um portador assintomático, transmitindo posteriormente a doença a outros cães. Pra se ter uma idéia 50% das infecções por cinomose são subclinícas, ou seja, o animal tem a doença mas não tem sinal clínico e infelizmente estará transmitindo a doença a outros animais.
Há países livres da doença? - Sim, por isso não há muita pesquisa sobre a doença, pois lá há muito tempo a doença já esta erradicada. Infelizmente o Brasil ainda é um país endêmico pela falta de vacinação nos cães.
Qual é a faixa etária mais atingida? - Geralmente os filhotes, mas pode atingir qualquer faixa etária.
Cinomose só se apresenta em cães? - Nos gatos ela não se apresenta, mas em outros canídeos como raposa, lobo guará sim. Inclusive esses animais no seu habitat natural podem ser incubadores da doença, daí a importância de se manter as vacinas de seu cão sempre em dia.
A Cinomose é transmitida ao ser Humano? - Não
Como proteger o animal de estimação contra esta doença? - O único meio de se proteger é a vacinação. Nos filhotes são três doses, a primeira partir dos 45 dias, três semanas a 2º dose e mais três semanas a última dose. Já nos cães adultos uma vez ao ano.
E quando a adoção é de um cão adulto da rua, uma dose da vacina basta? - O ideal é fazer as três doses e depois vaciná-lo uma vez ao ano.
Qual é a porcentagem de animais que conseguem sobreviver a doença? - Não há muitos estudos com relação a sobrevivência desses animais após contraírem a doença, mas na nossa rotina cerca de 10% conseguem sobreviver, e dos que sobrevivem, cerca de 8 % infelizmente vão apresentar seqüelas.
Qual a orientação para quem já teve um animal com Cinomose em casa? - A Cinomose não é um vírus muito resistente no ambiente, mas orientamos que se aguarde pelo menos 3 meses até a chegada de um outro animal naquele espaço, ou que o mesmo esteja com as vacinas em dia.
Qual é a melhor vacina, nacional ou importada? - Sem dúvida alguma as importadas. Não que as nacionais não possuam qualidade, mas o grande problema é a falta de cuidados com o armazenamento da mesma em alguns estabelecimentos. Não é raro pegar um animal com as três doses da vacina nacional em dia, mas infelizmente com parvovirose e cinomose. Importante que o animal possua carteirinha de vacinação e que a mesma seja assinada pelo Médico Veterinário de sua confiança. As chances de um animal com as vacinas em dia manifestar a doença é mínima, embora ainda existam, pois pode acontecer uma falha vacinal, não pela vacina, mas pela imunidade do cão. Os laboratórios sérios garantem esse animal pra você, ou seja, se forem dadas as doses corretas, três para filhotes ou anual para adultos e sendo as mesmas aplicadas por um Médico Veterinário, possuir a carteirinha assinada pelo mesmo, o laboratório arca com as custas do tratamento, e se o mesmo vier a óbito, o tutor será ressarcido pelo fato, ou seja, laboratórios sérios garantem o produto.
Há muitos casos da doença em São Bento do Sul e região? Infelizmente, há muitos casos sim, principalmente nessa época em que as temperaturas são mais baixas, a doença ocorre em uma proporção muito maior.
Agradecemos a atenção da Dra. Handreya Portela pela atenção concedida aos integrantes da APA na explanação sobre a doença e reafirmamos a necessidade que você amigo (a) leitor (a) que realmente ama seu animal de estimação, procure seu (sua) Médico (a) Veterinário e sempre deixe em dia a carteirinha de vacinação de seu amigo de estimação.
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